quarta-feira, 27 de maio de 2015

O QUE É MAIS IMPORTANTE: O NOME OU AS OBRAS?

Ao ler 1 Crônicas 10 - 47 encontra-se a história dos valentes de Davi. Esses grandes guerreiros são citados também em 2 Samuel 23. Lendo os textos percebe-se que há nomes, cujas obras são enfatizadas, mesmo porque foram grandes feitos. No texto de 1 Crônicas eles são Jasobeão (11), Eleazar (12), Abisai (20) e Benaia (22). Suas vitórias ficaram registradas para sempre. Não foi assim com todos. O texto reserva uma seção para falar de três valentes que desceram a Belém para buscar água do "poço que estava junto a porta" para dar a Davi, simplesmente porque ele comentou que desejava beber daquelas águas (1 Cr 11. 15 - 19). Esses três romperam "pelo arraial dos filisteus" arriscando a própria vida e trouxeram a água ao rei, em um ato heroico. Seus nomes não são citados, são anônimos. A partir do versículo 26 os nomes dos demais valentes aparecem intitulados como "os heróis dos exércitos", cujas obras não são citadas, mas seus nomes foram lembrados. Afinal de contas, o que é mais importante, os nomes ou as obras?
Se perguntarmos a muitos de nossos dias, com certeza será o nome e o reconhecimento, e não as obras. Para outros, as obras são apenas meios utilizados para serem lembrados e reconhecidos, nunca levando em conta o objetivo final, que é o crescimento do Reino de Deus, do Evangelho de Cristo. Ou seja, estar no "palco", no centro das atenções, ter o nome lembrado, estampado em um cartaz, estar entre os "grandes" tornou-se a finalidade de muitos obreiros e leigos de nossa época. O ministério tornou-se o fim. Chegar ao reconhecimento, na mídia e aos grandes congressos do país tornou-se a prioridade, e a finalidade destes obreiros. Mas muitos se esquecem que a "fama", mesmo aquela genuína, bíblica, não é para todos. Muitos levarão água para o rei e não terão seus nomes citados.
A Bíblia está repleta de heróis anônimos, cujos nomes só serão conhecidos na eternidade. Porém, suas obras são lembradas e contadas por séculos. A igreja também tem seus heróis anônimos, homens e mulheres que labutam pela causa do Evangelho de Cristo de forma legitima, fiel, verdadeira, não se importando se seus nomes aparecerão ou se suas obras serão reconhecidas, contanto que o Nome de Cristo seja glorificado. Para esses, a eternidade tem reservado os seus galardões. Aqueles, já receberam os seus.

Em Cristo,

Samuel Eudóxio

terça-feira, 26 de maio de 2015

DAVI E A MORTE DE UM DOS SEUS VALENTES

Cada dia me surpreendo mais com a Palavra de Deus.
Ao ler 1 Crônicas 11, a partir do versículo 10 a Bíblia relata os nomes e feitos dos "valentes de Davi". No versículo 10 o texto diz: "E estes foram os chefes dos heróis que Davi tinha e que o apoiaram fortemente no seu reino com todo o Israel, para o fazerem rei, conforme a palavra do Senhor, no Tocante a Israel."
Agora considere alguns detalhes acerca destes valentes neste versículo:


1 - Eram chefes dos heróis
2 - Eles apoiaram FORTEMENTE Davi no seu reino
3 - Eles ajudaram Davi a chegar no reinado


Os versículos seguintes citam os nomes destes valorosos guerreiros. Ao chegar no versículo 41 você lerá: "Urias, o heteu". Isso mesmo, aquele de 2 Samuel 11. 6, cuja mulher era Bate-seba (2 Sm 11. 3), que Davi a tomou por mulher, e na tentativa de esconder o pecado matou o marido.
Eu amo a Bíblia porque ela não esconde as misérias e pecados de nenhum homem. Davi não matou qualquer soldado, o que já seria muito sério. Ele matou um amigo. Alguém que o apoiou "fortemente no seu reino", alguém que o ajudou a tornar-se rei. Ele matou um de seus valentes.

Em Cristo,

Samuel Eudóxio

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Estação de salvação ou clube?


 
Havia um lugarejo a beira mar. Naquela região marítima os acidentes com navios eram constantes, e os moradores daquele lugarejo, em ocasiões de naufrágio entravam mar a dentro em barcos de madeira e traziam os náufragos para a terra, acolhendo-os em suas choupanas. Esses socorros aconteceram diversas vezes, e a medida que eram feitos o número de pessoas aumentavam naquele lugarejo. Em um determinado dia uma daquelas pessoas que havia sido socorrida deu a brilhante ideia de comprar barcos a motor para auxiliar nos salvamentos. Um outro, juntou vários outros moradores, todos vítimas de naufrágios, e construíram uma grande casa, onde passou a funcionar uma estação de salvação. Essa estação foi equipada com tudo o que se precisava para dar suporte aos náufragos. Por diversas vezes aquela estação foi usada para acolhimento dos acidentados. Mas como os naufrágios não aconteciam todos os dias, no intervalo entre um e outro, aquelas pessoas passaram a promover festas naquela estação de salvação. Em uma destas festas, todos estavam reunidos em uma noite de gala, bebendo, rindo e festejando. De repente, um naufrágio. Os náufragos foram encaminhados para a estação de salvação e se misturaram com os convidados daquela festa. De um lado pessoas bem-vestidas, limpas, enquanto que de outro, pessoas molhadas, mal cheirosas, cansadas e com frio. Aquela situação incomodou o dono da festa, e algo precisava ser feito para que aquela cena não acontecesse mais. No outro dia reuniu-se a diretoria daquela estação de salvação para decisões importantes, e chegaram a uma conclusão: a estação seria transformada em um clube, e os socorros das vítimas voltariam a ser feitos nas choupanas. Em que tem se transformado nossas igrejas? Em estação de salvação ou em clubes?
Em Cristo,
 
Samuel Eudóxio
 
 



terça-feira, 21 de abril de 2015

"NA VERDADE, ATÉ AOS GENTIOS DEU DEUS O ARREPENDIMENTO PARA A VIDA."

 ATOS 11.18

No Antigo Testamento pode-se ler várias alusões a salvação dos gentios. Primeiramente, quem eram os "gentios"? São todos os povos e nações da Terra, exceto Israel. Do A.T lhe convido a ler com atenção: Isaías 42 e 52. 7-10. Já no Novo Testamento citarei mais alguns textos.
João escreve que Jesus "veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo. 1.11), ou seja, ele foi rejeitado como Messias e Salvador por aqueles de sua nação, Israel. Visto que a extensão da promessa de salvação em Cristo já havia sido prevista, penso que o fato da rejeição dos judeus não foi a causa principal da porta do Evangelho se abrir aos gentios, mas apenas mais um mecanismo para o cumprimento da promessa de Deus feita no A.T.
O evangelho de Cristo, agora, é salvação para todos aqueles que receberem a Cristo como salvador, independente de raça, tribo ou nação, e não mais uma exclusividade de Israel. (Jo 1.12)
Fazendo uma leitura mais apurada do N.T percebe-se que João Batista já tinha uma visão voltada também aos gentios. Leia Lucas 3. 8 - 14 e perceba que no versículo 8 João prega que seria necessário aos seus ouvintes judeus produzirem frutos dignos de arrependimento, pois o fato de serem descendentes de Abraão não garantiria a sua salvação. No versículo 14 foi a vez dos soldados romanos, ou seja, estrangeiros, uma vez que esse ofício não poderia ser exercido pelos judeus. Mas ele não foi o único a pregar para aqueles que não eram de sua nação.
Jesus também salvou uma mulher samaritana, curou (ressuscitou) o filho de um oficial (Jo 4. 43-54), curou e salvou um leproso samaritano (Lc 17. 11-19), que inclusive foi o único a voltar com gratidão. Nas suas últimas instruções aos discípulos, em Mt 28. 19, o Cristo ressurreto diz: Portanto, ide, ensinai todas as nações...". Em Atos 1.8 a ordem é semelhante, e ainda mais abrangente, pois cita "até os confins da terra." O que falar de Paulo, o Apostolo dos gentios? Vamos deixar para outro artigo.
Voltando ao A.T, em Gênesis 10 Deus povoou a Terra após o dilúvio através da descendência de Noé, de onde surgiram 70 povos, conforme o texto hebraico, que formaram o mundo de então. Em Lucas 10.1 o médico historiador narra que Jesus enviou 70 discípulos para anunciarem o Evangelho. Coincidência? Não. O plano de Deus é a Salvação de todos os povos, línguas e nações. Jesus será pregado “até os confins da Terra”. (Atos 1.8). E a missão de fazer Cristo conhecido é nossa, da igreja. Você tem feito a sua parte?

Em Cristo,

Ev. Samuel Eudóxio.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

MOBILIZANDO A IGREJA LOCAL PARA FAZER MISSÕES

     
    

     O objetivo de toda igreja de Cristo sempre deve ser ganhar almas, começando por “Jerusalém”, passando por “Judéia” e “Samaria” e “até os confins da terra” (At 1.8). Recursos devem ser colocados a disposição para o cumprimento desta nobre tarefa, e todos devem se envolver.
A ordem de Jesus foi: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16.15). A maioria dos crentes imagina que esta ordem é restrita aos pastores e ministros, e essa falsa suposição está despojando-os de uma obra determinada por Deus. De uma forma injusta está restringindo ao ministério uma obra que pertence a todos os filhos de Deus.
Quando falamos em mobilizar os crentes de nossa igreja para a obra missionária, temos de seguir o plano da igreja do Novo testamento: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias, acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (At 2.46, 47). Uma igreja do Novo testamento é aquela em que os membros são fortalecidos, edificados, treinados e depois enviados para cumprir o propósito de Deus para suas vidas. Nem todos transporão os limites territoriais, mas todos devem estar engajados na obra, fazendo parte da obra missionária.
Quando Paulo escreve aos Éfesios, no capítulo 4, versículo 11 e 12, ele cita a distribuição dos ministérios, e diz que o ministério foi entregue por Cristo com um propósito. Qual é este propósito? Para o “aperfeiçoamento dos santos”, a fim de que estes possam fazer “a obra do ministério”. Qual o ministério do crente? Ganhar almas para Jesus. 
Cada líder e obreiro deve reproduzir em cada crente a motivação de ganhar almas e investir na obra missionária. Os membros da igreja devem ser ensinados que eles não são apenas espectadores, nem estão na arena e nem ficam assistindo. Eles são participantes: “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a Palavra” (At 8.4). A expressão grega traduzida por “iam por toda parte” significa literalmente “ir do começo ao fim”, o que quer dizer que eles iam de lugar em lugar anunciando as Boas Novas, a Palavra. Todos os servos de Deus foram chamados a obedecer ao “IDE”. Mobilizá-los para a obediência é nosso trabalho como líderes da igreja.

Em Cristo,

Samuel Eudóxio